segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Bibliografia:

  • ARAÚJO,Alessandra Machado de & SANTANA, Joseane Moura de.As modificações sócio- Ambientais ocorridas no município de Santo Estevão com a implantação da Barragem da Pedra do Cavalo. Feira de Santana-Ba. Setembro 2007.
  • SILVA, José Graziano da & DEL GROSSI, Mauro Eduardo. O Novo Rural Brasileiro. Disponivel Em HTTP//novo_rural_br.pdf_tccr. ( Acesso em 17 02-11.
  • TOSCANO, Luiz Fernando. Agricultura Familiar e seu grande desafio. Disponivel em HTTP://www.agr.feis.unesp.br/dv00102003.htm acesso em 12-02-11
  • FERRO. Fernando & PEDROSO, Maria Thereza. Agronegócio X Agricultura Familiar: Podemos fazer um debate menos maniqueísta?. Outubro de 2008.Disponivel em :anffasindical.org.br. Acesso em 17-02-11
  • GOMES, Pedro Souza.” Os Leigos Também Inspiram” II.1988
  • FONSECA, Ivan Claret Marques. Introdução à Historia de Santo Estevão do Jacuípe.Impresso na gráfica Brasil- Nanuque-MG 1983.
  • Associação Comunitária de Areial
  • Sindicato dos Trabalhadores rurais e Agricultores Familiares.
A agricultura familiar e a transformação do espaço: um estudo da localidade de Areial.


Segundo dados do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA) e o Fundo das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO) (Toscano, 2003). A agricultura familiar brasiliana é responsável para subsistência de 13,8 milhões de pessoas e cerca de 4,1 milhões de estabelecimentos familiares, correspondente a 77% da população ocupada na agricultura. Isto significa que este tipo de agricultura aquece a economia do país alimentando milhões de brasileiros. A falta de subsídios financeiros é um dos desafios dos agricultores familiares. Habitualmente a política agrícola de investimentos do governo está voltada para o agro negócio.
Com relação ao estudo feito sobre a localidade de Areial é notório as transformações ocorridas nos últimos anos. A escassez de chuva o desmatamento das nascentes, a exemplo do único riacho, que deixou de correr água a mais de dez anos são conseqüência dos impactos ambientais provenientes das ações desordenadas do homem. Não há duvida de que o latifúndio é o menor causador da destruição das florestas, mas também é considerável que o estrago somatório de muitos pequenos agricultores sem os devidos acesso as modernas tecnologias de conservação de solo, água e biodiversidade, (FARRO/ PEDROSO, 2008), contribui para a transformação do meio ambiente.
A agricultura familiar do Areial contribui no aquecimento da nossa economia brasileira, com milhares de outras pequenas localizadas desse país. Segundo um dos moradores mais antigo da comunidade o Sr. Jorge de Araujo Leal, nos relata que os produtos cultivados pelos familiares com: feijão, milho, farinha era comercializado na cidade de cachoeira, e o transporte era feito em lados de animais. A Villa de Cachoeira era considerada um grande centro comercial, pois cidades vizinhas também comercializavam seus produtos, que dali era transportado em embarcações marítimas para Salvador e para outras partes do Brasil, a exemplo da safra de fumo.
O Governo Federal vem realizando esforços para ampliar oferta de credito rural, através do programa nacional de fortalecimento da agricultura familiar – PRONAF (Toscano, 2003). Este tipo de programa reflete na comunidade de Areial, segundo informações do sindicato dos trabalhadores rurais do município. Dezenas de famílias foram contempladas para linha de credito agroamigo, alem das 60 famílias que forma escritas no programa seguro safra uma parceria entre os governos municipais, estadual e federal, garantindo o seguro pela perca parcial do total da safra, o que garante a subsistência dessa família.
O texto novo rural brasileiro de José Grazimo da Silva e Mauro Fernando Del Grasse, contextualiza o meio rural brasileiro apartir dos anos 80 a como a dinâmica das transformações do espaço rural, mas das casas, mansões luxuosas fabrica de caráter agrícola, como laticínios, processadoras de grãos entre outras. Gerando novo modo de atividade remunerada. Na localidade de Areial não foi possível constar todas esses benefícios do novo rural mas os aspectos de vida dos moradores é bem parecido o estilo de vida urbanos, casas confortáveis, com rede de água, eletricidade, principalmente iluminação publica, transporte escolar, e telefones celulares, mas como todo cidadão existe grandes contrastes pessoas vivendo em condições de riscos sub humanos.
O município de Santo Estevão passou por algumas transformações após a construção de barragem Pedra do Cavalo, encolhendo o território a exemplo da comunidades do roncador, lavrador, morro da vila e poçinhos que estão submersos.
A fazenda Arial apartir de 1985, passou por uma redefinição com relação a sua limitação territorial. Como boa parte da Fazenda Porções ficaram submersas, o Areial passou a ser banhado pelo lago Pedra do Cavalo, implementando uma nova atividade agrícola para os trabalhadores o cultivo de quiabo.



Agricultura e Comércio.













A agricultura é bastante diversificada, destaca-se a produção de feijão ,milho, mandioca e o fumo como principais culturas, além do quiabo, hortaliça, melancia e mamão em pequenas quantidades. Na criação de animais os principais são: aves, ovinos, caprinos, suínos, bovinos e outros.
Uma parte do que produz as famílias é para o consumo próprio e outra parte é pra ser comercializado no Centro de abastecimento de Santo Estevão. O beneficiamento artesanal e a comercialização dos produtos extraídos da mandioca e da castanha são fontes de renda complementares de algumas famílias e o cultivo do quiabo que é comercialização centro de abastecimento de Feira de Santana, uma referencia no Estado da Bahia.



















Entrevista com: Sr Jorge de Araujo Leal.




Senhor Jorge de Araujo Leal, casado e aposentado, nasceu na fazenda areal e atualmente é um dos,onde está as ruínas da primeira fazenda areal ,com 81 anos ele nos relata a historia econômica da comunidade.





Equipe: O senhor conheceu a historia da primeira fazenda do areal .


Sr Jorge: Sim , meu pai Minú contava que existia três fazendas na região uma no Dique, uma,no Rebouça, e outra aqui.


Equipe: O senhor sabe informar o que era produzido na fazenda?

Sr Jorge: Papai falava que se produzia, feijão, milho e a cana que fazia cachaça e açúcar .
Ele ainda dizia que no sobrado tinha uma engenho e os escravos tinha que trabalhar senão era castigado
.


Equipe: O senhor sabe informar o que era feito com o açúcar e a cachaça da fazenda ?

Sr Jorge: O açúcar e a cachaça o Capitão Jerônimo levava pra vender em Cachoeira.

Equipe: Qual era o transporte que ele utilizava para levar o açúcar e a cachaça para Cachoeira ?


Sr Jorge: Levava nas tropa de animais,e quem levava era os escravos, tangendo os burros ate em Cachoeira.

Mas os tempos passaram e o senhor Jorge é testemunha viva de que essa forma de comercio perdurou por muitos anos .Agora ele relata a sua experiência de vida ,e como fazia para trabalhar na época .Veja a segunda parte da entrevista:

Equipe: Seu Jorge , em 1950 o que era produzido pelos moradores da fazenda Areal?

Sr Jorge: Feijão,milho, mandioca,fumo.

Equipe: Qual era o destino da produção?

Sr Jorge: Fumo era vendido em Muritiba, o feijão em Cruz das Almas, Conceição do Almeida e Muritiba.

Equipe: Como era transportado esses produtos?

Sr Jorge: Em tropa de animal.

Equipe: O senhor participou dessas tropas, que transportava os produtos ?

Sr Jorge: Viajei muito, arranquei as cabeças dos dedos na estrada que era ruim ,tomei muita chuva, sol e durmia nos arachos que tinha nas estradas ,e quando o rio Paraguaçu enchia a gente não passava e durmia nas estradas muitos dias ate o rio abaixar pra gente atravessar na barca de madeira puxado a mão pelos remo e pelas cordas .

Equipe: Quantos anos tinha o senhor na época?

Sr Jorge: Eu tinha na faixa dos 18 a 20 anos, já dava murro em ponta de faca .

Equipe: Com o dinheiro da venda das mandiocas era feito o que ?

Sr Jorge: Agente juntava um tustazinho e comprava um porquim ,ovelha ,uma vaquinha e mamãe juntava os mireis meu dos meus irmãos para fazer nosso futuro .Nos comprava em Conceição do Almeida e São Felix muita farinha e trazia pra vender aqui e ganhava um tustão a mais .

Equipe: Existia assaltos naquela época nas estradas ?

Sr Jorge: Ave Maria existia uma ladrão que tomava nossa cargas , nosso dinheiro era o Zé Gabiraba ,era ladrão fino ,quando escurecia ,agente nas estradas agente já ficava com medo .

Equipe: O senhor foi assaltado nas estradas ?
Sr Jorge: Não,Deus sempre mim protegia.


A Comunidade de Areial Antes e Hoje.

Segundos dados da Associação Comunitária de Areial, a comunidade se transformou num período de dez anos. O cenário geográfico não é mais o mesmo, a escassez de chuvas tem dificultado a vida dos trabalhadores familiares. Mas a comunidade não só vive de fatos negativos, com o sistema de abastecimento de água implantado em 2006 melhorou bastante, a vida da comunidade, como também o transporte escolar, facilitando o acesso dos alunos a escola na sede do município e também a oportunidade de ingressar na universidade. As principais fontes de renda da comunidade é a atividade agrícola e pecuária como o cultivo de quiabo, hortaliça, mandioca, feijão, milho, castanha do caju e a comercialização de animais. Atualmente um numero considerável de jovens encontra-se empregados na fábrica a de calçados DASS Calçados e em outros setores, ocupando o mercado de trabalho do espaço urbano. Um fator interessante, segundo relatos de moradores é a diminuição do êxodo rural ,pois ate a década de 1990 a maioria dos jovens partiam para outras cidades entre elas: Feira de Santana , Salvador ,São Paulo em busca de condições melhores de vida.
Outro fato interessante, relata a diretora do Sindicato dos Trabalhadores Rurais, Jacirene Cristiana Gomes Conceição, que a maioria das famílias no meio rural, sobrevivem da aposentadoria rural, concedida para mulheres apartir de 55 anos e os homens a partir dos 60 anos, alem do auxílio por invalidez, por cirurgia, maternidade e a pensão por morte .O que não é diferente na comunidade de Areial, em
que dezenas de famílias estão sobre estas condições de sobrevivência.
A escassez de água na região antes.
A comunidade de Areial Hoje tem àgua






sábado, 26 de fevereiro de 2011

HISTÓRIA DA FAZENDA AREIAL

Residência do Areial na década de 60


A Antiga Fazenda Areial do século XVIII de 1741.
O nosso trabalho de resgate histórico sobre o desenvolvimento econômico de Areial, em detalhe o Sr Jorge de Araujo Leal, um dos moradores mais antigo nos revela que o primeiro habitante da fazenda Areial chamava-se Coronel Vicente de Brito Leal , conhecido como Capitão de Jerônimo, dono de todas as terras.Ele também nos revela através das historias que vem passando de pai para filho ,que a primeira atividade agrícola da Fazenda Areial era a cana-de-açúcar , e na própria fazenda era feita o beneficiamento da cana, produzindo a cachaça e o açúcar que era transportados em animais para ser comercializado na Vila de Cachoeira. Ele afirma que de Cachoeira era transportado através de embarcações marítimas para Salvador. O senhor Jorge nos apresentou artefatos do antigo sobrado da Sede da Fazenda como: telhas, chave, um pedaço da caldeira do engenho e outros.







Alguns artefatos que existem ate Hoje na antiga
Fazenda.